sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Adeus

E ela o viu partir.

Era o adeus, as lagrimas transbordavam pelo rosto, tanto o dela, quanto o dele. Ela havia acordado já sabendo que aquilo era o fim. O fim.
Com o coração apertado ela havia dado um ultimo abraço, nem um beijo, apenas um abraço. Ela se sentia, realmente, incompleta agora;
Ela sabia que ele talvez um dia fosse voltar, mas não agora, e nem tão cedo.
Agora a vida havia dado um caminho para cada um, agora eles não mais se pertenciam, mas os dois sabiam que um pedacinho de cada um estava com o outro;
O “adeus” foi o mais doloroso. Foi como uma faca. E essa que arrancou um pedacinho de cada um.
Parecia um filme, quando passam aqueles “flashbacks”. Ela se lembrava dos beijos, dos sorrisos, das brincadeiras, das brigas, das risadas. Ela se lembrava de chorar, toda noite pensando no final. Pensando em como seria depois. Pensando no adeus.
Não sabia como seria dali para frente, não sabia o que fazer.
Deveria ficar pensando nele? Em tudo que aconteceu? Mas havia algo que a dava esperanças, algo que gritava dentro dela para esperar, para acreditar; mas o tempo iria passar, não iria? Ela se esqueceria dele?
Ela só sabia que doía, o adeus.
O adeus doía, e ao se virar para ver pela ultima vez seu rosto, viu seus lábios se aproximarem dos dela, e só se lembrava de estar flutuando naquele momento.
O beijo, o ultimo beijo. Ou talvez não o ultimo.
“Eu te amo, eu vou voltar, por nós.”
“Eu também te amo, e eu vou te esperar.”    
Sempre.

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